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A freguesia de Lamalonga conta com três associações para preservar e divulgar a cultura e as tradições da povoação
No que diz respeito a alojamento, a freguesia ainda não dispõe de acolhimento para os visitantes, mas está em curso um projecto de turismo rural.
No que concede à restauração, Lamalonga detém três cafés para convívio e diversão dos habitantes e visitantes da povoação.
Pontos de Interesse
- Igreja Matriz
A igreja de nossa senhora dos reis de Lamalonga encontra-se no meio de um adro, demarcado por muros, sobrepondo-se ao ribeiro da Pombeira. Desconhece-se ao certo o ano da sua edificação, mas há uma inscrição na fachada do templo onde pode ler-se: " esta obra a fés Sebastian Cavaleiro anno de 1747". Sabe-se que o interior da igreja foi pintado entre 1767 e 1768. Desconhece-se também quem era Sebastião Cavaleiro. É provável que tenha sido o mestre canteiro que fez a obra do templo na integra, uma vez que sendo toda do mesmo estilo foi, possivelmente, construída toda na mesma época. É uma igreja barroca com um belo artístico interior, destacando-se o altar-mor, em talha dourada, onde figura uma imagem de Nossa senhora dos Reis, ladeada por Santo António e São Francisco. É famosa pela riqueza da sua decoração interna.
- Convento de Fornos de Ledra
Este edifício foi mandado construir pela Rainha de D. Maria I, com o objectivo de transferir o recolhimento do Loreto para Fornos de Ledra, na freguesia de Lamalonga. Em 1813, uma parte do convento estava já pronta, Mas só em 1830 se deu a obra por concluída. O convento manteve como padroeira Nossa Senhora do Loreto. O edifício era construído por quatro alas, que compreendiam espaços como a capela, o cemitério, o refeitório, o dormitório, entre outros. Até Outubro de 1910, o edifício originário manteve-se como propriedade de recolhimento.
- Cabeço dos Mouros
Povoado virado ao rio Tuela, onde ainda são visíveis vestígios da muralha que circundava a totalidade do povoado.
- Terrioulo
Vizinho do cabeço dos mouros, poderá ter pertencido a uma villa romana, visto que foi encontrada uma série de vestígios cerâmicos.
- Fraga da Pomba
Devido à estrutura plana e larga, esta fraga era utilizada pelos agricultores para malhar o cereal, ainda na altura e, que este trabalho agrícola era feito com malhos (paus unidos com um bocado de cabedal que faziam uma dobra ao meio que dava para malhar cereal).
- Capela de Vila Nova da rainha
Esta capela foi construída em 1863 com o objectivo de reunir os católicos da aldeia. Devido ao grande estado de degradação em q se encontrava, foi restaurada em Agosto 2000 com a ajuda do governo, da câmara municipal de Macedo de Cavaleiros e a junta de freguesia de Lamalonga. Tem como padroeira a Santa Catarina, cuja festa se realiza a 25 de Novembro.
- Forno Salgueiro
Forno cerâmico encontrado junto à fonte pública de Vila Nova de Rainha. É composto pela boca do forno, câmara de aquecimento e câmara de cozedura.
- Facho de Lamalonga
Monte que, pelo seu relevo de alta altitude, poderá ter sido um ponto de vigia medieval.
- Pelourinho de Lamalonga
Lamalonga ainda conserva o seu pelourinho, documentado a administração e jurisdição da freguesia.
- Capela de S. João
Situada na parte soalheira da aldeia, esta capela servia de apoio à igreja matriz, realizando missa e festa todos os anos, no dia 24 de Junho, em honra de S. João. Este templo teve, em tempos, como objectivo o apoio aos peregrinos de S. Tiago. Aqui encontravam uma cobertura exterior onde se podiam abrigar dos temporais, chamando-se então Apeadeiro do Caminho de S. Tiago.
- Igreja de Santo André
Situada na aldeia de Fornos de Ledra, esta igreja é actualmente uma casa particular, apresentando uma fachada antiga de granito trabalhado.
- Azenha e Moinho da Marra
Situados junto à margem do rio Tuela, encontrando-se neste momento em ruinas. no entanto devido à sua paisagem e às suas àguas limpidas, este local é muito procurado durante a época balnear.
Gastronomia
Em Lamalonga confeccionam-se os mais diversos pratos de tradição transmontana. Assim, destacam-se, entre outros, o caldo de cebola, o caldo de ovo, o cabrito assado, rojões e a feijoada à transmontana (confeccionada com os típicos enchidos da região).
- Caldo de Cebola
Ingredientes:
Batata
Cebola
Unto
Sal
Preparação
Deita-se numa panela bastante batata, duas cebolas grandes para cinco tigelas de caldo e unto de porco que baste. Depois de ferver bastante tempo, esmaga-se tudo com um garfo e fica pronto a servir. Este caldo costuma ser mais usado no mês de Fevereiro.
Feijoada à Transmontana
Ingredientes: (para 8 pessoas)
1 kg de feijão
500 g de orelha de porco
200 g de focinho de porco
1 pé de porco
1 Linguiça
100 g de salpicão
100 g de presunto
1 dl de azeite
1 Cebola
1 Ramo de salsa
1 Folha de louro
1 Dente de alho Pimenta branca Malagueta e colorau
1 Cravinho (facultativo)
Sal
Preparação:
De véspera, põe-se de molho em água fria num recipiente, o feijão previamente lavado e, num outro, as carnes, que são sempre fumadas. No dia seguinte, coze-se o feijão na água em que demolhou. Cozem-se as carnes noutro recipiente e, depois de bem cozidas (incluído a linguiça e o salpicão), cortam-se em bocados. Aloira-se a cebola com o azeite e junta-se-lhe o feijão com a água em que se cozeu (não deve ser muita). Juntam-se as carnes e um pouco de água que serviu para as cozer. Rectifica-se o sal e junta-se a salsa, o louro, o dente de alho picado, a malagueta, o colorau e, querendo, o cravinho. Deixa-se apurar com lume brando. Acompanha com arroz do forno bem seco. Para acompanhamento destes deliciosos pratos, aconselha-se o vinho tinto ou branco, pertencente à região demarcada do Douro, assim como o vinho morangueiro, a aguardente de figos, a jeropiga e licores.
Ainda incluída neste roteiro gastronómico, podemos salientar a doçaria tradicional, que nos põe à disposição os doces de pêra, de cereja e de pêssego, a marmelada, a geleia, o mel, o pão-de-ló e o pudim caseiro.
- Pão-de-ló
Ingredientes:
12 ovos
250 g de açúcar
200 g de farinha
Preparação:
Separa-se as gemas e as claras dos ovos. Bata as gemas com o açúcar, durante 20 minutos, de forma a obter uma gemada volumosa e esbranquiçada. Adicione gradualmente e sem bater, as claras batidas em castelo. Junte então a farinha peneirada, mexendo apenas o necessário para envolver. Vai cozer numa forma forrada com papel manteiga cerca de 30 minutos.
Pudim caseiro
Ingredientes:
4 Ovos
3 Gemas
½ Cálice de vinho do Porto
200g de açúcar
5 dl de leite
5 g de farinha trigo ( 1 colher de chá bem cheia)
150 g de açúcar para o caramelo
Preparação:
Começa-se por preparar o caramelo: deita-se o açúcar numa frigideira com 3 colheres de sopa de água, mexendo sempre com um acolher de pau até ficar cor de mel escuro. Despeja-se imediatamente o caramelo na forma, e com cuidado faz-se circular o caramelo pelas paredes da forma até que o caramelo se prenda. Em seguida confecciona-se o pudim: mistura-se bem o açúcar com a farinha, os ovos e o leite, mexendo sempre, e por ultimo o vinho do Porto. Depois de tudo bem misturado enche-se a forma com o resultante. Vai ao forno a cozer em banho-maria durante 25 a 30 minutos. Depois de cozido retira-se do forno e, depois de frio, vai ao frigorifico. Desenforma-se depois de bem fresco.
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